A palavra “dedetização” surgiu no momento em que a substância Dicloro-difenil-tricloretano (conhecida popularmente como DDT) começou a ser utilizada contra pragas aladas, principalmente insetos, durante a Segunda Guerra Mundial.
Por conta da sua toxicidade elevada, a substância DDT foi proibida, mas o nome “dedetização” ainda é uma forma popularmente comum para denominar o processo de controle de pragas, hoje também chamado de desinsetização.
Porém, com a semelhança dos sons, é bem comum que na hora de falar, duas palavras surjam na cabeça.
E afinal, qual é o certo: dedetizar ou detetizar?
Levando em conta também alguns estudos da língua, que indicam que o “par mínimo” altera a grafia de uma palavra conforme o som a partir de uma já existente dentro daquela língua, é importante ter em mente que a palavra detetizar não existe no português, sendo assim, somente a palavra dedetizar é correta, já que a outra variação não consta oficialmente na nossa língua.
O termo “desinsetização” se tornou mais popular nos últimos tempos, pois com a proibição do DDT, muitos pesquisadores e empresas preferiram relacionar o controle de pragas e à prática de eliminação de insetos, ao nome “desinsetização” e desassociar o serviço ao nome do produto proibido. Atualmente, outros nomes são usados para os tipos de serviços oferecidos pelo ramo, cada uma focada em algo específico, como se pode ver abaixo:
- Dedetização (também chamada erroneamente de “detetização”) – trata-se do serviço de controle de pragas focado na eliminação de insetos. Não utiliza-se mais a substância que gerou seu nome, mas ainda é popularmente chamada assim.
- Desinsetização – assim como a dedetização, o foco é eliminação de insetos. São o mesmo serviço, mas ainda é bem comum que não seja chamado da mesma forma. Trata-se, resumidamente, do controle de pragas/insetos com o uso de inseticidas especializados.
- Desinfecção de ambientes – é um serviço novo no ramo, pois tem o intuito de desinfectar os ambientes focando em bactérias, vírus, e outros microrganismos normalmente não vistos a olho nu. Porém, o termo “desinfecção” já foi usado também para se referir ao controle de pragas, o que atualmente não é mais empregado.
- Desratização – termo usado para o controle de roedores, onde são utilizados produtos específicos para eliminação de ratos.
- Manejo de morcegos – esse serviço segue as regras estabelecidas pelo Ibama, pois são protegidos pelo instituto brasileiro responsável, onde indicam que esses animais não podem ser controlados e nem mortos, e sim, retirados por uma empresa especializada que levará os indivíduos para o local apropriado.
- Manejo de pombos – assim como com os morcegos, os pombos precisam ser tratados por uma empresa especializada, e por isso é indicado que uma empresa especializada no serviço seja acionada em casos de necessidade.
- Remoção de enxame – como nos dois casos anteriores, abelhas também são protegidas por lei, o que faz com que sua remoção, manejo e etc, sejam permitidos somente por uma empresa especializada, que saberá para onde levar após o serviço.
Desde o início do combate às pragas – principalmente a partir da Segunda Guerra Mundial – o controle e manejo integrado de pragas tem se modernizado, utilizando produtos mais eficientes e menos poluentes, assim como inserindo leis ambientais a fim de tornar o manejo de animais coerentes com suas necessidades, sendo eficaz para o cliente, e sem prejudicar o meio ambiente.
Ainda assim, você poderá ver em alguns anúncios e postagens (inclusive nas páginas da Unicontrol), artes, banners e outras peças publicitárias com o termo “dedetização”. Isso ocorre porque, apesar de preferirmos a versão moderna (e correta) do termo para o controle de insetos (desinsetização), na cabeça do consumidor, e do público em geral, a expressão mais comumente utilizada ainda é “dedetização”, razão pela qual esta palavra ainda é muito mais pesquisada no Google do que qualquer outra variação do gênero.
Dessa forma, por razões mercadológicas, e buscando levar nossos serviços e conteúdos ao maior número possível de pessoas, a Unicontrol (e outras empresas do segmento) ainda anunciam serviços de “dedetização”, mesmo que nenhum de seus processos utilize o químico DDT.